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sexta-feira, 10 de maio de 2013

UMA CUIA ENTRE AS MÃOS

Desenho próprio

Tem horas que o taura se perde
na invernada do pensamento
deixando passar o tempo
ao passito sem ter pressa
e a recordar recomeça
mexer no baú da vida
e a saudade atrevida
já deixa tudo às avessas

Mas pra tudo tem remédio
entre as paredes de um galpão
uma cuia entre as mãos
sempre foi um lenitivo
de um Rio Grande primitivo
contraponteando a saudade
nas horas que ela invade
um pensamento intuitivo

Mas recordar é viver
e a noss’alma agradece
até se rejuvenesce
ao buscar reminiscências
de pagos e de querências
onde o passado viveu
e voltam ao nosso eu
sem lacunas ou reticências

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