Foto de Giancarlo Marques de Moraes |
Repontando a madrugada,
o primeiro canto do galo,
me pegou com o fogo feito
e pra me consolar com a geada,
ia aquecendo o gargalo,
com um mate de respeito.
Num bailado de vassoura,
no “mas” varri o galpão ,
pois é aonde me abrigo
e dei um banho de salmoura,
recostando no tição,
uma paleta de chibo.
Sorrateiro o sol espiou,
pela fresta da janela,
num “buenos dias” parceiro!
O cusco me festejou,
velho amigo sentinela,
mui caçador e campeiro.
O cinamomo pelado,
enrugado e com frio,
ouvia o sopro do vento.
Um berro apaixonado,
dum touro sentindo o cio,
fazia acompanhamento!
Depois de quebrar o jejum,
encilhei e saí pra o campo
e a cachorrada de atrás.
Os parceiros um por um,
lenços colorados e brancos,
a comando do capataz!
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