Lá no velório
do compadre Honório,
vi a Maria com
a dona Luzia,
tava a
Dorotéia abraçada numa véia,
que chorava
muito e era sua tia.
Tava o
Herculano e o Merenciano,
sentados junto
com o seu Decunto,
dona Manoela e
a filha dela,
que
conformavam a muié do defunto.
Dona Marica é
quem dava a dica,
mais o seu
João e a Conceição,
compadre Chico
e o véio Nico,
não
descuidavam do chimarrão.
Comadre Chica
e a dona Rita,
lá para dentro
queimavam incenso
e o Clarimundo
num sono profundo,
babava toda a
franja do lenço.
Dona Carmozina
e a Vicentina,
o seu Hilário
e o véio Ladário,
dona Ritoca e
a véia Finoca,
rezavam o
terço apalpando o rosário.
O Florentino e
o Vitorino,
batiam trela
perto da janela,
de lenço preto
compadre Barreto,
não descuidava
na troca das velas.
De sentinela
cuidando as panelas,
lá na cozinha
comadre Candinha,
num arroz
campeiro que soltava o cheiro,
da banha pura
fritando galinha.
Clareou o dia
na manhã fria,
o Sebastião
encilhou o alazão,
mandou o
Januário buscar o vigário,
pra encomendar
o corpo e fechar o caixão.
Numa carreta
com mortalha preta
o seu Lautério
levava o gaudério
e nós de a
cavalo com um nó no gargalo,
guardemo o
corpo lá no cemitério.
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