Dos tempos de rapazito,
alguns “recuerdos” eu trago,
ao pacholear pelo pago,
pilchado que era um estouro,
no trono de um flete mouro,
gavionando faceiraço,
nas prendas atirando o laço,
nos rodeios de namoro.
Dos comércios de carreira,
aos domingos no povoado,
me vêm retratos pintados,
de cenas não muito raras,
quando no lombo de um baio,
eu passava como um raio,
na baliza de taquara.
Das festas lá na capela,
que tinha uma vez por ano,
lembro de um certo paisano,
que floreava um bandoneon,
outro procurava o tom,
num violão todo enfeitado,
e eu ficava lambuzado,
com as cores de baton.
De noite seguia o baile,
no salão paroquial.
Eu aguardava o sinal,
que o porteiro me mandava,
de fininho então entrava,
disfarçando sorrateiro,
para poupar o dinheiro,
e me tapar de mamangavas.
Tudo passa com o tempo
e o fato vira lembrança,
mas a gente nunca cansa,
de lembrar das coisas boas,
principalmente pessoas,
que nos deram bons exemplos,
pra nos firmarmos nos tentos,
sem ter que viver à toa!
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