Pois conforme a idade vem chegando, ou melhor, avançando e a velhice chegando, temos que ir aceitando aquilo que ela nos impõe.
Em outros tempos, lá fora, nada fazia mal, não havia restrição em consumir ovos fritos, carne de porco, doce de "abóbra", "ambruzia", melado, rapadura (até com amendoim), arroz com galinha, feito na própria banha da penosa. Tudo isso era rebatido com um chá de "carqueija" ou "marcela".
Nos comércios de carreiras, aqueles pastéis (com quase meio quilo cada um), bem temperados, recheados com ovo e guisado e de lambuja uma pimentinha, fritos na banha de porco, que ao mordermos, escorria pelo canto da boca. Sem contar que ao meio dia, uma costela gorda, de gado ou de ovelha, descia redonda após deixar um pouco da graxa no bigode, tudo era irrigado por um vinho colonial, após alguns goles de canha pura, um aperitivo para abrir o apetite.
Daí então que hoje somos outros velhos, diferentes. Diferentes? Pois é, não comemos comidas com banha de porco, ovos fritos, raramente, arroz com galinha somente sem a pele da ave, doces com restrições, não vamos em comércios de carreira para desbuchar um pastel campeiro, vinho, somente uma taça e escolhemos o da uva que melhor combata o colesterol.
Aqui na cidade, além de não irmos aos comércios de carreiras, passamos por bares, lancherias, padarias, restaurantes, cachorrões, churrasquinhos, etc. Se chegamos em um destes "bolichos", devemos observar que carne gorda não faz bem, que cerveja e refrigerantes causam "pressão alta", frituras entope as veias e assim vai.
Somos velhos recheados de remédios e com vontade de comer e beber aquilo que gostamos.
Somos velhos diferentes, ou melhor, idosos na melhor idade, hahahaha!
Nenhum comentário:
Postar um comentário