dos guris, pra ir na venda
e entregar encomendas
de quitutes, no povoado,
de carreirear no sentado,
no areal da estrada,
na farra da gurizada,
valendo um pila trocado.
Batizada por Relíquia,
a pedido das gurias,
que lhe fazem mordomias,
com balas e rapaduras,
verdadeira mimosura,
com tranças na cola e crina,
considerada uma menina,
aquela mini figura.
Passa na volta das casas,
retoçando com os guaxos,
vai beber água no tacho,
esparramando as galinhas,
toureia o galo de rinha,
que lhe atira um puaço,
em contraponto um manotaço
mas só pra fazer fusquinha.
Escaramuça solita,
num bailado que dá gosto,
coça a anca e o pescoço,
se esfregando na parede,
balançando como rede
e é assim que passa o dia,
ganha mimo das gurias
e os guris lhe matam a sede!
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