mateava
devagarito
a china no meu
costado
dava mamá pra
um piazito
o outro se
encorajava
pra dar os
primeiros passos
e o mais velho
pacholeando
laçava um
borrego guaxo
Um garnizé
desasado
perseguia uma
nanica
na gaiola na
parede
se catava a
caturrita
juntei cuia e
chaleira
e enchi mais
um amargo
e um frasco de
canha pura
num beijo me
trouxe um trago
Vindo nas asas
do vento
já quase no
lusco-fusco
o grito do
quero-quero
deu o alerta
pra o custo
ouvi um bater
de casco
e um
assobiozito floreando
sem demora
um “ ôôôh! de casa”
e meu compadre
chegando
Gritei, passe
pra diante!
vai lá guri e desencilha
dei um abraço
cinchado
e perguntei da
família
vai te
chegando vivente
que eu renovo
o chimarrão
e gritei pra
minha china:
- bota mais água no feijão!
“Caramelo pro afilhado
e lembranças pra comadre
e o meu rancho nestas horas
de alegria se invade”
A china e o
guri do meio
se mandam pro
galinheiro
sem demora uma
polaca
estrebucha no
terreiro
o cusco num
alarido
aperta a
franga co’as mãos
e o piá num
jeito campeiro grita:
- deixa,
deixa, Sultão!
Vamos matando
a saudade
enquanto o
tempo passa
entre um trago
e um amargo
um palheiro
faz fumaça
a lua clareia
o céu
dando a noite
mais beleza
e a china sai
no terreiro
e diz que a
boia tá na mesa
Receber uma
visita
nos dá prazer
e conforta
meu rancho não
tem tramelas
e não uso
trancas nas portas
vivo alegre e
satisfeito
feliz na minha
morada
esperando as
visitas
eu a china e a
gurizada
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