À beira de um velho caminho, rodeado por velhas figueiras, que esgoelaram velhos cinamomos, lá estava o velho casarão, que era um pouco mais velho do que os velhos que nele moravam.
Nos velhos tempos, velhos amigos vinham de longe, em suas velhas carretas para visitar e ter prosas compridas sobre velhos assuntos.
Já velhos, os filhos dos velhos escravos, ainda faziam companhia aos velhos filhos dos velhos senhores.
Velhos móveis nos cômodos e velhos retratos nas velhas paredes, onde velhas janelas ostentavam velhas cortinas compradas de um velho mascate.
Hoje, a convite de um velho amigo, realizei um velho sonho de conhecer aquele velho casarão.
Aproveitei e fui enquanto ainda não estou tão velho, mas senti que lá tudo sendo velho, me achei novo e se o Patrão Velho permitir, lá voltarei de novo quando ficar mais velho, para depois contar aos mais novos, o meu velho sonho sobre aquele casarão velho.
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